domingo, 17 de agosto de 2008

Suave

Novamente me estendes as mãos,
Bárbaras mãos angelicais
Não te apercebendo as marcas que deixa
Secando lágrimas, cerzindo feridas.

Dissestes a mim: brilhem novamente seus olhos
Mas não te apercebes mesmo, já brilham
Em tua presença brilham como de criança
E sinto-me ternamente abraçado.

Serias tu uma irmã de outrora?
Uma amiga boêmia, uma filha dileta?
Não sei. Insisto não vê-la como mulher.

Tenho medo de ti. Melhor assim, permaneças em teu altar
Pois Santos não são mais que desconhecidos
Que melhor esconderam seus instintos.