quinta-feira, 29 de julho de 2010

Parto Ausente

Cai a noite, crepúsculo tardio
E a aurora que custa se levanta
Na madrugada, furor, melancolia,
Nasce dia o dia, que a todos nos espanta.

Cresce o fruto que incha o puro ventre
É semente rompendo a terra boa
Barco raso afunda na enchente
Frágeis laços que a brisa rompe à toa.

Sobram cinzas, sequer brasas se vislumbram
Consumindo o papel ao fogo ardente
Das efêmeras fogueiras que iludem.

Faltam braços e abraços protetores
Resta o ser exposto a risos e amargura
Busca eterna ao seguro ancoradouro.

...........................................................2000

Nenhum comentário: