quinta-feira, 29 de julho de 2010

Sem Sentido (Ressentido)

Como um grande pote vazio me sinto
De qualquer sabedoria desprovido
Que à noite ao decepar sua gravata
Depara-se com um insignificante eu.

Tão pobre e inquieto ser pungente
Careço da piedade das pessoas
Aflito me recolho ao sono eterno
Refúgio dos insanos sofredores.

Desta vida solitária e depressiva
Que se alegra à pena alheia dispensada
Ruem risos e sorrisos disfarçantes.

Na berlinda, da loucura à ebriedade,
Dum cotidiano flórido imposto
‘Me demovo’ dessa glória concedida.

........................................2000.

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