quinta-feira, 29 de julho de 2010

Soneto do Ciúme Doentio

O porquê de o ciúme ter
Cega a fala, muda o ver
Enlouquece do tolo o âmago
Esmorece o corpo, o estômago.

Xinga, mata, se arrepende
Chora, sofre, se defende
Escorraça a parte amada
Se afoga na cachaça.

Pelo medo da desgraça.
Enxovalha o amor de graça,
Abandona o par perfeito.

Falso moralista nato,
Desde cedo homem macho,
Solitário a vida passa...

......................................1999.

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