quinta-feira, 3 de março de 2011

Branca

Branca flor, vestida de bordado e rendas
Despida de medos, segura. Segure minha mão.
Branca flor, saudade não se compara não
Cheiro não se apaga, olhar e gosto, oferendas.

Colo de flor, aconchega meus medos
Pranto aplacado em silêncio, relva de amor.
Colo de flor, conhece minhas fraquezas
Arranca do peito espinho, soluço escondido e dor.

Mãos em pétalas, tocaram meu corpo e mente
Mãos prolíficas, plantaram em mim sementes
Mãos de seiva, teu suco e sangue quentes.

Branca flor, florido esteve este jardim e altar
E jaz dormente, anseia o seu brotar,
Ou dele esquece para não mais lembrar.

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