segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Bailarina de escaler (Armada)

Carrego em mim, no tear de meus cabelos,
Manta de carícias e temperos, negra flor
Há em mim a distância de um último suspiro,
Lembranças e sentidos, cheiro e sabor.          

Um escaler navega, horizonte que se estende
Olhos janela, olhos de chuva, olhos que sentem
Mar-esperança, tornado voraz, pequeno navio
É peso do corpo que se recorda, gosto tardio.

Quão bela caixinha de música! Bailarina se ergue
Ventos de partida? Brisa. Paz, alívio e refrigério
No contrassenso sentimento, românticos mistérios.

Caminho de bailarina: punhos, pernas e brio
Barquinho escondido no peito, adeus menino
Saudade de amor é fogo, muito queima sua verve.

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