segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tangente ou vértice

Passos. Passos a leste do Reno. Passos de mãe, passos mulher, passos ferinos.
Leves em sua firmeza e suas sardas cítricas. Passos vestidos de flores e de branco.
Passadas brancas, invariavelmente brancas.

Passeio tropical, passos altivos.
Alquebrados, ressabiados, passos menino.
Passos ombro, colo amigo e paladar. Passos perigo, passos de dar.

Cheiros e cicatrizes. Entalhes comuns. Vetores.

Bocas úmidas. De gosto ácido e doce a fala ausente.

Não nos vemos, reconhecemos.

Histórias, quantas histórias. Prantos e risos, flores e libidos. Fotografias.

Memórias, tantas memórias. De Berlim e de São Jorge, de Paris e de Sevilla, de Arraial e da Paulista, de Brasília... E desejos de Antártida.

Permeia fantasias o bom papo num Café. Ele expresso duplo e água, ela cappuccino.

Povoa o imaginário um escambo de segredos, quiçá livros distintos sobre seus travesseiros.

E há uma menina Feliz. E um cãozinho peludo.

Há uma fera escondida detrás de um sorriso.

Há um blefe de pôquer a cada instante

E a miragem de um porto em cada pensamento.

Não nos vemos, reconhecemos.

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