quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Acaso

Então o acaso nos apresentou
Como um tropeço na sarjeta
Caí de maduro e ri de mim
Sem graça, pois vi você.

E logo percebi que gesticulava
Freneticamente, como máquina
Era descompassada e esquisita
Acaso estava nervosa também.

Fulano falou: - Essa é...
Olhei de soslaio, sem jeito
Estendi a mão, suei frio.

Seus lábios se abriram, secos, colados
Ouvi um gemido: - Prazer
E o prazer foi todo meu.

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