sexta-feira, 30 de julho de 2010

Soneto à Marcela

Quero dizer precocemente que te amo
E se preciso for arrepender-me de tê-lo dito,
Chorar em prantos minha desventura
Estando certo de ao menos ter vencido.

E se ao matar tal medo me depare
Com um desvairado “sim”, enlouquecido,
Fazer morada eterna em teu ventre
A fim de não ficar desprotegido.

Doar-te em meus braços meus hormônios
E a fúria destes anjos e demônios,
Vivendo a infinitude do momento.

Pra ser somente teu e ser só minha,
Pura, ingênua e terna menininha,
A vida inteira ou o tempo que perdure.

...................................2001.

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