quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Pessoalmente

Minha arte é ignota,
Vazia, Rota.
E sua falta de conteúdo
É o nada.
O vazio do autor inerte.
Arte inerte, vale nada.
Vida morta, inacabada.
Que arte é esta, então, inanimada?
É arte não. É nada.

4 comentários:

SEM PARTIDO disse...

QUAL A CONCLUSÃO DO AUTOR PARA ESTA POESIA?

Eurípedes Aureliano Júnior disse...

Inspirado no lado negativista da poesia de Fernando Pessoa versa o poema sobre o vazio existencial.
A inércia do homem - individualmente considerado, não o Homem coletividade - justaposta à falta de perspectivas, desaguando no Nada sentimental, moral e existencial.
Trata-se, também, de um reconhecimento de intelectualidade diminuta, de despreparo, de ignorância em sentido estrito.
Um poema vazio de coisas cheias. Mas com a explícita pretensão de não ser cheio de coisas vazias.
Arte? Plástica, talvez. Rs
É isso. Ou quase...

Samanta Ribeiro disse...

"Trata-se, também, de um reconhecimento de intelectualidade diminuta, de despreparo, de ignorância em sentido estrito."
tsc, tsc...
você é muito mais que isso.
E sua arte é cheia de emoção.
Passageira, talvez. Mas emoção.
Bjos,

Eurípedes Aureliano Júnior disse...

Falava sobre o poema. Uma idealização. A materialização e consubstanciação de uma idéia.
Assim como quem escreve sobre a morte e não é nem homicida nem suicida.
São sentimentos, nem todos meus.
Tenho que a Ignorância seja a única mãe da Sabedoria.
Vanitas vanitatis et omnia vanitas.
Obrigado pelo comentário.