Eis que vejo este anel de brilhante
Envolto em ouro branco a beldade,
Fez da dúvida certeza instante
Graal de amor e fidelidade.
Selados votos sob manto público
E a pura toga da bel castidade,
Brilho transmuto, noite porvir,
Que a aurora encerra com fealdade.
Do riso ao pranto, a covardia
Das rosas ao fel, uma ironia
A dor crescente, o dia a dia.
E é moribundo o amor selado,
Vai-se sem respeito, jaz na picardia,
Restam-lhe a mágoa e a melancolia.
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