segunda-feira, 14 de março de 2011

Indecisão

Seres aleatórios em universos randômicos
Paralelando destinos, alforriando encontros,
Desencontrando no traço, morte, amores e ouro,
Surtando no descompasso, alegre de abatedouros.

Amarelinha da vida, um passo em falso alçapão,
Decida-se ou lhe devoro, não há outra solução,
Barco com furo no casco? Não bastará o timão,
É saco furado, vazio, o cheio de indecisão.

Decidir pode ser litúrgico, ou vir de um encontrão,
Muda azimute da vida, qualquer simples conclusão.
Cerzir histórias do tempo? É linha pura ou linhão!

Nada escapa da morte, tampouco da indecisão,
Do berço a Deus ou Diabo, um ou outro seguirão,
Nada é tão fácil ou difícil quanto tomar decisão.

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