Minh’alma abandonou-me,
Fugiu em busca de Alegria
Sentou-se na sarjeta e riu-se de mim
Um corpo vazio e roto.
Onde está você Alegria?
Em quais paragens se encontra?
Devota seu canto a outros ouvidos?
Ou cala-se diante do infortúnio?
Queria sondar-lhe as vestes.
Queria sentir-lhe o cheiro.
Sibilar lembranças em suas orelhas
Rir de você e de mim mesmo.
Ai essa dor aguda no peito,
Afugentou meus amigos
Mandou embora empregos
Fitou em mim um inimigo.
Ai essa ausência de mim
Perdido em meio à multidão
Carrego um fole de lamúrias
Que toca mudo uma toada reticente.
Ninguém mais a ouvir-me
Ninguém mais a influenciar
Sou um corpo vazio
E junto um copo de bar.
Alegria, minha Alegria
Em quais paragens se encontra,
Levando o sol do meu dia?
Pregou em mim uma peça,
Ou viu em mim covardia?
Só me deixou de alento
Uma grande cama tão fria.
3 comentários:
Parabéns irmão, está escrevendo muito bem, compartilhando seus pensamentos, alegrias e tristeza se tornará mais forte. Abraço
Essa tocou fundo...
Quem nunca se sentiu assim?
Lembrei de tempos outrora em que a cama fria da noite me fazia refletir e crescer a cada dia!
Parabéns meu amigo!
Ui que triste, mas que lindo, seus escritos comovem, me reconheço neles, parabéns de novo!
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