sábado, 17 de maio de 2008

Alegria

Minh’alma abandonou-me,
Fugiu em busca de Alegria
Sentou-se na sarjeta e riu-se de mim
Um corpo vazio e roto.

Onde está você Alegria?
Em quais paragens se encontra?
Devota seu canto a outros ouvidos?
Ou cala-se diante do infortúnio?

Queria sondar-lhe as vestes.
Queria sentir-lhe o cheiro.
Sibilar lembranças em suas orelhas
Rir de você e de mim mesmo.

Ai essa dor aguda no peito,
Afugentou meus amigos
Mandou embora empregos
Fitou em mim um inimigo.

Ai essa ausência de mim
Perdido em meio à multidão
Carrego um fole de lamúrias
Que toca mudo uma toada reticente.

Ninguém mais a ouvir-me
Ninguém mais a influenciar
Sou um corpo vazio
E junto um copo de bar.

Alegria, minha Alegria
Em quais paragens se encontra,
Levando o sol do meu dia?
Pregou em mim uma peça,
Ou viu em mim covardia?

Só me deixou de alento
Uma grande cama tão fria.

3 comentários:

Unknown disse...

Parabéns irmão, está escrevendo muito bem, compartilhando seus pensamentos, alegrias e tristeza se tornará mais forte. Abraço

Aderivaldo Cardoso disse...

Essa tocou fundo...

Quem nunca se sentiu assim?

Lembrei de tempos outrora em que a cama fria da noite me fazia refletir e crescer a cada dia!

Parabéns meu amigo!

Anônimo disse...

Ui que triste, mas que lindo, seus escritos comovem, me reconheço neles, parabéns de novo!